Entrelinhas

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Inverso

Eu fico aqui sentada no banco dessa praça, olhando essas folhas, lembrando de você. Peço para que a escuridão venha contigo, e quem sabe, o vento como um suspiro profundo, te traga no porta-malas. E esse frio intenso não me deixa pensar, ou parar de pensar, o quanto meus braços queriam os teus aqui, aquecendo os meus. Essa solidão que eu não canso de falar, deixa escorrer uma lágrima doce, e no espelho dessa água profundo vejo seu rosto refletido, e logo volto a minha imagem, como se seu ser completasse o meu. Sinto um arrepio harmonioso, é a lua descendo com seu brilho intenso, veio para me trazer força. Logo penso, e lembro daquilo mais forte, que está batendo aqui. E se todo esse sofrimento for em vão? E se tudo for só uma crise de saudade, que ta se passando? E não adianta eu me enganar, tentar fugir pra qualquer lugar, se onde eu quero estar, é perto de você. Nem todas essas palavras conseguiram decifrar esse sentimento intenso e obsessivo, mas só sei, que é o que me mantém forte. Obrigada por me manter viva, e não se desculpe pela ausência. Recolho meus passos devagar, e volto ao recanto, perto e você, com o pensamento na lua.

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